Apesar de vivermos numa era de acesso facilitado à informação e de crescente interesse por soluções de poupança e investimento, os portugueses continuam a evidenciar fragilidades significativas ao nível da literacia financeira. Esta realidade levanta sérias preocupações, sobretudo num contexto em que a sustentabilidade do sistema de pensões está em causa, o custo de vida aumenta e as decisões financeiras têm um impacto direto na qualidade de vida presente e futura dos cidadãos.
Segundo o Eurobarómetro da Comissão Europeia de 2023, Portugal ocupa a penúltima posição entre os países da União Europeia no que respeita à literacia financeira, com apenas 42% dos inquiridos a responder corretamente à maioria das questões colocadas, face a uma média europeia de 52%. Já o Inquérito à Literacia Financeira da População Portuguesa, promovido pelo Conselho Nacional dos Supervisores Financeiros, revela que 44% dos portugueses escolhem produtos financeiros sem fazer qualquer tipo de comparação, o que demonstra uma preocupante falta de capacidade crítica e analítica. O estudo da OCDE/INFE do mesmo ano confirma este diagnóstico: Portugal fica abaixo da média global no domínio dos conhecimentos financeiros, apesar de mostrar atitudes e comportamentos positivos.
Perante estes números, torna-se evidente a necessidade de uma ação concertada que promova uma verdadeira cultura de educação financeira. Este desafio requer o envolvimento de múltiplos atores – desde instituições públicas e privadas, passando pelo setor financeiro, até aos próprios cidadãos – e exige soluções consistentes e inovadoras.
Já estão disponíveis plataformas digitais com conteúdos que visam permitir aos portugueses tomar decisões financeiras mais informadas, conscientes e sustentáveis. Tratam temas como a importância da poupança de longo prazo, o impacto da inflação, o efeito da capitalização de juros, ou ainda a escolha criteriosa de produtos financeiros, incluindo ETFs, ações, fundos de reforma ou obrigações. Esta abordagem pretende combater mitos, esclarecer dúvidas e, sobretudo, promover hábitos financeiros saudáveis.
Contudo, a literacia financeira não se ensina apenas com vídeos ou artigos – é essencial integrá-la desde cedo nos percursos de formação e mantê-la acessível ao longo da vida. Neste domínio, o Citeforma tem tido um papel decisivo ao disponibilizar uma vasta oferta formativa nas áreas da Gestão, Contabilidade e Fiscalidade, bem como em Recursos Humanos e Relações Laborais. Os cursos de curta e longa duração do Citeforma permitem a trabalhadores e desempregados melhorar as suas competências e adquirir conhecimentos essenciais para uma gestão financeira responsável, tanto a nível pessoal como profissional.
Ao fomentar uma maior compreensão sobre conceitos como o orçamento familiar, os impostos, os planos de reforma ou o investimento, o Citeforma contribui ativamente para a capacitação dos cidadãos, promovendo uma cidadania mais informada e participativa.
Em suma, melhorar os níveis de literacia financeira em Portugal é um imperativo nacional. Requer vontade política, envolvimento das empresas e instituições de ensino, inovação tecnológica e, acima de tudo, o compromisso individual de cada cidadão em querer compreender melhor o mundo financeiro. Com oferta formativa sólida de entidades como o Citeforma, está ao nosso alcance transformar a literacia financeira num verdadeiro motor de desenvolvimento económico e social.
15 maio 2025
