Fraude Telefónica: Como Proteger-se e Combater um Fenómeno em Crescimento

Fraude Telefónica: Como Proteger-se e Combater um Fenómeno em Crescimento

Estamos no Mês Europeu da Cibersegurança e aqui encontramos uma oportunidade para reforçar a consciencialização sobre os riscos digitais e promover boas práticas de segurança online. Em Portugal, o aumento de casos de fraude telefónica e cibercrime tem gerado crescente preocupação. Segundo dados recentes da ANACOM, os casos de spoofing (técnica em que um criminoso se faz passar por uma entidade confiável, como um banco, empresa ou familiar) duplicaram nos primeiros meses de 2025 face a 2024. A Polícia de Segurança Pública (PSP) regista atualmente cerca de 200 queixas de burla por dia.

Um fenómeno em rápida expansão

As chamadas fraudulentas, muitas vezes conhecidas por esquemas “Olá Pai/Olá Mãe”, continuam a fazer milhares de vítimas, com prejuízos que atingem milhões de euros. Estas fraudes afetam especialmente pessoas idosas ou com menor literacia digital, que são mais vulneráveis à manipulação emocional e à urgência transmitida pelos burlões.

De acordo com especialistas em Governança e Gestão de Sistemas e Tecnologias de Informação, é urgente desenvolver uma resposta coordenada que envolva o meio académico, as autoridades e o setor bancário. Essa colaboração deve ter como foco específico a fraude telefónica, que exige estratégias diferentes das usadas em outros tipos de cibercrime.

Caminhos para travar o spoofing telefónico

Entre as medidas apontadas pelos especialistas, destacam-se quatro eixos de ação fundamentais:

  1. Investigação aplicada ao contexto nacional: compreender os padrões locais de fraude e as características dos grupos mais vulneráveis, permitindo o desenvolvimento de estratégias baseadas em dados concretos.
  2. Formação transversal e interdisciplinar: preparar profissionais de diferentes áreas (gestão, direito, comunicação, administração pública) para reconhecer e lidar com ameaças digitais.
  3. Parcerias com o setor empresarial e institucional: criar planos de resposta adaptados a diferentes contextos, como bancos, escolas ou hospitais.
  4. Educação comunitária: promover sessões informativas e ações de sensibilização junto de populações mais vulneráveis, nomeadamente idosos, em centros de dia, bibliotecas ou juntas de freguesia.

Como se pode proteger?

Enquanto estas medidas estruturais são desenvolvidas, há ações simples que qualquer cidadão pode adotar já: Nunca partilhar dados pessoais ou bancários por telefone, nem instalar aplicações sugeridas em chamadas não solicitadas; Desligar e confirmar a chamada através dos canais oficiais da instituição em causa; Denunciar às autoridades qualquer tentativa de fraude, mesmo que não se concretize. Cada denúncia ajuda a mapear as redes criminosas e a proteger outros cidadãos; Promover ações de formação internas em empresas e instituições, simulando chamadas fraudulentas para treinar a resposta dos colaboradores.

A fraude telefónica é um desafio crescente que exige vigilância, formação e cooperação entre todos os setores da sociedade.

No âmbito da sua missão, o Citeforma promove cursos nas áreas da Informática e da Cibersegurança, contribuindo para preparar profissionais e cidadãos mais conscientes e capazes de enfrentar as ameaças digitais do presente e do futuro.

30 setembro 2025

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