Seminário Promovido no Citeforma sobre Reforma da Formação Profissional Trouxe ao Debate Questões Emergentes

 

A Reforma da Formação Profissional, o papel do Formador na atualidade e o novo Sistema Nacional de Créditos foram alguns dos temas em foco no seminário “Da Competência à Qualificação - Evolução e Desenvolvimento da Reforma da Formação Profissional”, realizado hoje, no Auditório do Citeforma. Esta foi uma iniciativa organizada pela APG, que teve como parceiros institucionais o Citeforma e a ANQEP - Agência Nacional para a Qualificação e o Ensino Profissional.

Nas notas de abertura, Cristina Pinto Presidente do CA do Citeforma, referiu a pertinência deste seminário e assinalou o 30º aniversário desta instituição. Sobre o tema desta sessão, reforçou a importância, hoje em dia, de cada um construir um percurso formativo à sua medida, que satisfaça as suas necessidades.
A importância de incorporar conhecimentos pela via informal, no nosso percurso de qualificação, foi destacada por Damasceno Dias, Vice-presidente da APG, também na abertura da sessão. Gonçalo Xufre, Presidente da ANQEP concluiu a abertura institucional ao fazer um balanço dos dez anos de atividade do Sistema Nacional de Qualificações. Salientou a sua importância estratégica na Qualificação e os instrumentos fundamentais com ele criados, como a rede de Centros que reconhece qualificações fora do âmbito escolar.

Adelina Sequeira (Consultora e Formadora), revelou, passo a passo a evolução cronológica da Reforma na sua apresentação: "Dez anos de Reforma da Formação Profissional: principais marcos, turning points e perceções evolutivas". Explicou a valorização que o processo tem vindo a acrescentar ao indivíduo, destacando no final que “as aprendizagens têm um valor que pode ajudar no desenvolvimento pessoal mas também contribuir para o desenvolvimento social e económico”.

Ana Cláudia Valente, Vogal da ANQEP trouxe "As Qualificações na primeira alteração à Reforma da Formação Profissional: o QNQ, o SNQ e o Sistema Nacional de Créditos". Explicou de que forma Portugal avançou para uma solução portuguesa do ECVET e de como esse trabalho tinha já sólidos alicerces de base construídos. Sobre o Sistema Nacional de Créditos do Ensino e Formação Profissionais referiu que este “Visa promover a flexibilização dos percursos de qualificação; capitalizar percursos individuais de formação e de aprendizagem ao longo da vida: e favorecer a legibilidade e reconhecimento do sistema de ensino e formação profissionais, alinhando com o ECVET”.
O Passaporte Qualifica foi abordado um pouco por todos os oradores, enquanto instrumento que foi recuperado do processo anterior (a caderneta de competências), mas agora a ser utilizado com todo o seu potencial. Trata-se de um instrumento de orientação e registo individual de qualificações e competências, em formato eletrónico. Destina-se a apoiar a orientação dos indivíduos e a atividade dos Centros Qualifica e de outras entidades de educação e formação profissional.

Depois do painel, um conjunto de convidados reuniu-se numa Mesa Redonda, moderada por Etelberto Costa (Formador e Consultor), cujo tema foi "Da Competência à Qualificação: importância, pertinência e impacto". Conceição Matos (Diretora do Departamento de Formação Profissional do IEFP) referiu os desafios que a era digital coloca e a capacidade para antecipar as necessidades de formação, uma vez que elas são imediatas. O papel da qualificação e atualização permanente dos formadores foi uma das questões que passou também por outros oradores. Sara Brito (Diretora-geral da Global Estratégias) referiu a eminência de novas profissões e de novas funções nas organizações e da necessidade de adaptação.
Susana Gonçalves (Coordenadora do Centro Qualifica do Citeforma)referiu não só a evolução do serviço que o Citeforma presta deste 2006 no âmbito do RVCC e que agora conduziu ao Qualifica. Referiu também a participação do Citeforma em projetos com outros países, no qual o sistema português é extremamente valorizado e alvo de estudo para transposição.
Manuel Lacasta (Diretor Estratégico de Recursos Humanos da Caixa de Crédito Agrícola) contribuiu com a sua experiência na área na banca, dando exemplos concretos da forma como é feita a seleção de quadros e os requisitos pretendidos.

“A necessidade de colaborar e cooperar, de por todo o tecido a trabalhar em conjunto, por um caminho que só pode ser este” foi, em jeito de resumo, a proposta de Etelberto Costa na conclusão desta sessão. Antes do ponto final, uma mensagem de esperança: “Temos capacidade para enfrentar os desafios que estão próximos!”

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10 maio 2017