Nota curricular
Maria Teresa Restivo has a degree in Solid State Physics and a PhD in Engineering Sciences. Her research and teaching activities are accomplished within the Automation, Instrumentation and Control Group of the Mechanical Engineering Department at the Faculty of Engineering of University of Porto (FEUP), and within the System Integration and Process Automation Research Unit (UISPA) of the Associated Laboratory for Energy, Transports and Aeronautics (LAETA-INEGI/U.PORTO). These activities are related with sensors developments and applications, development of online available instrumented devices focused in health area as well as experimentation, as a part of IoT and, therefore, the use of emergent technologies in training and in education.
She is author of articles, book chapters and books. She has been awarded prizes in education and in R&D areas. She has been project leader and team member at national and international levels. She has supervised a number of theses. She has five patents, two already licensed and two pending. She is coordinator of the System Integration and Process Automation Research Unit within LAETA-INEGI. She is member of the FEUP Scientific Board. She is institutional member of Global Online Laboratory Consortium (GOLC) and Executive Committee member of the International Association of Online Engineering (IAOE), individual and institutional Member of the VIT@LIS network, ELTF Task Force - EUNIS (European University Information Systems Organization) and NeReLa Network. She is executive committee member of International Society for Engineering Pedagogy 2010 -, at the present as Past President. She has the International Engineering Educator (ING-PAED IGIP) qualification.
Sinopse da apresentação:
Sistemas inteligentes de ensino colaborativo apoiados por computadores
“Nada ou ninguém é mais importante para a melhoria da escola que um professor; a mudança educacional depende do que os professores fazem e pensam”, Fullen (1991).
É difícil mudar hábitos e tradições. É talvez excessivo pedir aos que ensinam hoje em Portugal, que saiam da sua zona de conforto, especialmente após os últimos anos em que a imagem dos professores foi tão sistematicamente desvalorizada e em que estes têm sido subjugados por um tratamento de desconfiança, do qual sai premiado apenas o que mais tranquilamente se remete à vivência que sempre praticou.
Sem confundir conceitos, encontrei no título “Sistemas inteligentes de ensino colaborativo apoiados por computadores”, filosofia que tenho procurado seguir em sintonia com o reconhecimento universal do relevo das tecnologias emergentes (ou seja, na sua utilização em ambiente de ensino de engenharia), o compromisso possível com o tópico deste seminário - Tecnologias no Ensino/ Formação - Inteligência Artificial. Salvaguardando então que não confundo conceitos, procurarei falar um pouco dos diferentes sistemas disponíveis em exp@feup for all que considero inteligentes pela sua capacidade de serem remotamente interrogados, pela sua faculdade para executar funções controladas respondendo a solicitações, e por oferecerem como resposta dados que traduzem o estado do sistema, ou por retribuírem feedback percetível pelo utilizador sob forma sensorial, ou por serem responsáveis por adicionar camadas de informação a uma realidade, ou ainda por recriarem a imersão do utilizador num ambiente virtual.
Considero que têm por base uma prática de ensino colaborativo porque têm conseguido reunir participantes à distância em atividades colaborativas (estudantes/estudantes, estudantes/docentes, docentes/docentes) com competências distintas. Considero ainda uma prática de ensino colaborativo porque exigem uma cooperação multidisciplinar dos docentes dada a diversidade de conhecimentos que congregam. E, finalmente, porque têm estes sistemas despertado, numa fase mais avançada dos estudantes, o interesse e gosto que tem motivado o regresso de jovens ao Laboratório de Instrumentação para Medição da FEUP na fase final dos seus mestrados, onde desenvolvem os seus trabalhos de dissertação com base em tecnologias colaborativas, contribuindo para a solução de problemas concretos para os quais vão necessitar de pôr em prática competências interpessoais, em ambiente de convivência e partilha com jovens mestres ou estudantes de doutoramento.
Dadas as características enunciadas, tudo isto tem que ser necessariamente apoiado por computadores. E, seguindo esta orientação com base nos nossos conteúdos, mostrarei alguns dos nossos exemplos em que a Inteligência Artificial seria a camada final que lhes falta ou que tem sido utilizada em muito pequeno grau.